14 abril, 2008


"O tempo, infinito tempo, em que te abracei. O tempo das memórias. O tempo da tua voz. O tempo, inacessível tempo, dos nossos beijos. Inatingível tempo do Nós. O tempo das memórias fingidamente esquecidas do futuro tempo sonhado. O tempo das lágrimas, queridas lágrimas. O tempo da incerteza. O tempo do carinho. O tempo do nada e da tristeza, na tua ausência. Este tempo em que te digo: - Fala-me, não pares de falar. Ouvindo-te tenho a certeza de que sou real, e de que também tu és, fora de mim, real."


Frase retirada de “Lembranças” – Manuel António Pina

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