07 junho, 2011

"Todo esse tempo de dor que eu passei andando por aí, todo esse tempo que eu tentei gritar a palavra amor bem alto. Pra ver se me convencia de uma vez do significado implícito nessas quatro letras. Esfregando na cara das pessoas as coisas boas que eu tinha, mas não conseguia mostrar. Até que o tempo enfim foi me vencendo, sob o olhar condescendente das pessoas que eu mais detestava. É duro reconhecer que todo esse sofrimento foi em vão, porque não existe vida quando a gente está triste e só e ninguém quer saber de quem está por baixo. Não vale a pena sofrer, meu amor, de tudo o que eu passei, essa foi a única lição."


Cazuza

Um comentário:

Monique Beltrão disse...

"Os cupins devorando o que passou. Tirando da carne todo vestígio de vida. Decomposição do ser. Até que reste apenas o essencial. Até que tudo fique no osso. Amor no osso. Paixão no osso. Ilusão no osso....

Os cupins brincando no oco do coração. Poeira no peito aberto. Não cicatriza mais. Não cicatriza nunca. Como pode amar alguém se não pára de tossir....

Quando o futuro chegar, os cupins já terão feito seu trabalho - perpetuado nosso passado no osso."

http://blogdas30pessoas.blogspot.com/2011/06/arqueologia-dos-amantes-por-gilberto.html